O sobreiro é das árvores florestais mais abundantes no nosso País, colocando-se em área ocupada logo a seguir ao pinheiro. A Quercus Suber é a única quercínea produtora de cortiça da região mediterrânea. Entre as características que o distinguem dos restantes carvalhos, sobressaem:
- o considerável desenvolvimento que pode atingir o invólucro suberoso do tronco e dos ramos;
- a faculdade que a árvore possui de regenerar uma nova assentada geradora de cortiça quando se despojam aqueles órgãos do revestimento protector;
- a homogeneidade e pureza do tecido suberoso e as suas notáveis propriedades físicas , mecânicas e químicas.
É chamada uma "árvore de sombra", é muito resistente ao ensombramento, crescendo melhor debaixo de árvores adultas. Prefere climas com amplitudes térmicas suaves, humidade atmosférica e insolação elevadas. Suporta bem todos os tipos de solos excepto os calcários.
Propaga-se por semente. As sementes perdem rapidamente a capacidade de germinar.
O sobreiro era chamado de suber pelos romanos, foi daí que veio a sua denominação científica em latim.
A cortiça proporciona ao sobreiro uma protecção contra o fogo, permitindo-lhe frequentemente sobreviver a incêndios que matam outras árvores.
As sua principal utilização é a produção de cortiça, o único produto do qual Portugal é o primeiro produtor mundial. Os frutos
serviam de alimento para porcos denominados de montanheira. As folhas mais baixas ou deixadas no solo como resultado de podas ou desbastes, servem como complemento de alimentação para o gado nas épocas do ano em que o pasto escasseia.
A madeira é muito dura e compacta, difícil de trabalhar, tendo pouco valor para carpintaria e marcenaria. É num entanto um óptimo combustível para lume, sendo muito utilizada nas lareiras.
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