Assim como a íris e as digitais são únicas para cada ser humano, o esmalte dos dentes também. Foi isso o que pesquisadores da faculdade de odontologia da Unicamp descobriram.
E mais: cada um dos nossos dentes tem um desenho diferente impresso nele. E este desenho só pode ser visto com uma lente de aumento e a incidência lateral de um feixe de luz.
“Quando iluminados, vão dar um aspecto de banda clara e escura, o que é justamente a diferente disposição no tecido do esmalte”, explica a pesquisadora Lisa Ramenzoni.
De todas as partes do nosso corpo, o dente é o que dura mais e a que resiste às mais altas temperaturas, acima dos 500ºC.
A idéia dos pesquisadores é que seja criado um banco de dados nacional com a impressão dentária das pessoas, que poderia ser registrada quando elas fossem ao dentista fazer um exame de rotina. Um sistema semelhante ao que existe hoje com o polegar na carteira de identidade.
Desta forma, com apenas um pedacinho de dente poderia ser feita a identificação imediata. Um método mais rápido e até cinco vezes mais barato que um exame de DNA.
E a técnica tem a mesma precisão do teste genético, considerado hoje o mais seguro na identificação de corpos.
“Com a vantagem de que nós podemos ter até 32 dentes na boca. Então, cada dente pode ser usado como uma fonte de dados que pode ser somado para aumentar a probabilidade de uma identificação mais exata”, lembra o pesquisador Sérgio Line
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